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Cleriston Silva

A Influência dos Materiais na Confecção de Máscaras Caseiras.

Atualizado: 9 de mai. de 2020


Sobre um tecido grosso estão: Uma máscara costurada a mão e instrumentos de costura como carretéis de linha, agulhas e um dedal. Na parte superior aparece um dos anéis de uma tesoura.
Fonte: Pixabay

Com o avanço da pandemia provocada pelo novo coronavírus (COVID-19) a demanda por equipamentos de proteção individual (EPIs) tem aumentado exponencialmente nos últimos meses. Para evitar a escassez, recomenda-se que o uso seja priorizado aos profissionais de saúde que estão à frente do combate ao COVID-19 e aos que apresentarem sintomas semelhantes aos da doença. Nesse ínterim, no dia 01 de abril o então Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, recomendou a população em geral que utilizasse máscaras caseiras. Essas máscaras podem ser feitas utilizando elásticos e tecidos, os costurando a mão ou com máquinas. Mas como garantir uma boa proteção? Como não são fiscalizadas, não há um padrão para sua produção, gerando uma vasta gama de possibilidades. Podendo, algumas delas, não garantirem o anteparo necessário. As máscaras devem cobrir perfeitamente o nariz e a boca do usuário, sem deixar aberturas. Estudos comprovam que a presença de fendas pode diminuir a proteção em até 60%. Além disso, o material utilizado na confecção também influencia. Segundo o The New York Times, estudos realizados no EUA verificaram que filtros de ar, sacos de aspirador de pó, tecidos semelhantes aos de pijamas de flanela e outros com mais de 600 fios podem garantir certa proteção, outros filtros como o de café apresentaram eficácia mediana. É válido citar que os filtros mencionados precisam ser cobertos por algum tecido pois podem liberar partículas que fazem mal a saúde. O mesmo estudo cita que a proteção é maior se houverem mais camadas de tecido e também que os materiais mais espessos tendem a apresentar melhores resultados. Materiais como lenços e badanas, no entanto, apresentaram desempenho baixo. Especialistas concordam que utilizar diferentes materiais melhora o desempenho das máscaras, o que foi comprovado por pesquisadores do Estados Unidos que divulgaram por meio da revista científica ACS Nano um estudo sobre a eficácia de alguns tecidos. O algodão dobrado em duas camadas apresentou filtragem de 82%, já quando combinado a uma fibra sintética, filtrou cerca de 96% das partículas com tamanho entre 10 nm e 300 nm. Já quando combinado com chiffon, seda ou flanela os resultados foram de 97%, 94% e 95% respectivamente. Os cientistas ainda supõem que a combinação é favorecida pois o algodão serve como uma barreira mecânica, enquanto os outros tecidos agem como uma barreira eletrostática. Alguns cuidados também devem ser tomados com as máscaras, trocá-las depois de um período médio de 2 a 4 horas de utilização ou após perceber que já estão molhadas, não ficar retirando e colocando, manusear apenas pelos elásticos, lavá-las com água e sabão, deixando de molho por alguns minutos e logo após enxugarem passar com ferro quente. E é válido lembrar que as medidas sanitárias não devem ser esquecidas: lavar sempre as mãos com água e sabão ou álcool 70% e manter o isolamento social.


 

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